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VEJO

Vejo tantas coisas

Mas tantas coisas não me vêem

Vejo o início da vida

O que os outros não crêem

Vejo a pureza do amor

Um semblante no infinito

Vejo o medo das estrelas

A imensidão de um grito

Vejo o fim do luar

A cor de uma ternura

Vejo a vida do amor

A ilusão de uma jura

Vejo certo meu destino

O caminho de minha vida

Vejo o fim de uma estrada

A coisa nossa perdida

Não, não é como pensei

Viver infeliz e sofrendo

Como um belo entardecer morrendo

Não é como pensei…

Ser um preso dependente

Odiado por toda gente

Não é como pensei.

Ser inútil e resguardar

Aos outros não ajudar

Não é como pensei

Pensei tudo diferente

E fiquei com alegria

Pensei até em harmonia

Pensei tudo diferente.

O FIM

O FIM

Meus traços amados com medo do mundo silenciaram.

Minha voz que gritava teu nome calou para sempre.

Meu olhar cessou de fitar os teus lindos olhos.

Minha boca não mais falou de amor a você.

Meus braços não mais se abriram para abraçar-te

Meu amor por você…

Acabou.

TUA VALSA

TUA VALSA

Agora, minha poesia já esquecida

Nos braços da tristeza começo a ver,

Que preciso dançar tua valsa

Para de ti nunca mais esquecer.

No tempo em que chegaste a mim

Educando a minha pena tão sutil

Foi daí que desde cedo aprendi,

Que tua valsa tem um ritmo infantil.

No seio das nuvens aprendi a amar

Minha poesia, destes-me a inspiração

Por isso na tristeza não vou mais crer

Seguir-te-ei de perto, com emoção.

Dormirei um sono profundo

Nos teus braços, minha poesia,

Enquanto a mim tu embalas

Nesta noite tão linda de harmonia.

EU

EU

Amor de agora…

Sentimento de sempre

Varando o espaço,

Marcado

Traçado,

Notado

Fugindo do tempo,

Não liga para nada

Agora

O futuro

Vem.

O dia passa

O sol vai,

A noite vem

O sol vem

A noite vai.

Vivemos, amamos

O amor maior

Esqueço

Padeço

O Sofrimento

A separação.

A vida

Tão longa

Tão curta

Às vezes

Até não existe

Preciso

Viver

Amar,

Ser algo

Humano ser

Estar no mundo

Sonhar alto

Como as estrelas

No céu.

Infinito belo

De belas nuvens

A planar

Como se fossem

Ondas de espuma

Dum mar

Lá no alto.

Eis que segue

A vida

Sem nada

A viver.

O espaço

Sem nada,

Livre

O vácuo

No pensamento

O vazio

No sonho,

O nada no dia.

Da espera

A chegada

Um espaço,

Da ida à volta

Um espaço,

Espaços perdidos

Seguidos

Para completar

Outro espaço

Vazio…

O que se vive

Num mundo morto?

Em que o nada

Faz parte

De tudo… ?

O que se planta?

Na terra

Seca, árida

Dura

Que anda aceita?

Só o vazio

E a esperança!

Esqueço o momento

Da morte,

O pouco da vida

Existe,

No pouco espaço

Do momento, vivo

Esquecido

Perdido

No agora.

No jogo da sorte

Ganhou

Perdeu,

Que importa

O prêmio

São se sabe

Escuta

A voz da sorte,

Calada

Ela vive.

Mas, eu

Eu…

Vejo

O passado

O futuro

O caminho

Que sigo

A curva do destino

As marcas

Sangradas

Banhadas,

Eu…

Eu sou

O espaço

Perdido

No meio

Do Nada…

SE EU MORRER

SE EU MORRER

Se eu morrer

Em uma noite estrelada,

As estrelas brilharão do mesmo

Modo como brilharam na noite passada.

Se eu morrer em um dia ensolarado,

O sol aquecerá o dia como havia

Aquecido ontem.

Se eu morrer em um dia de festa,

As luzes brilharão

Com a mesma intensidade.

Se eu morrer

Já terei amado

E um dia conhecido a felicidade,

Já terei dado amor a quem sempre me amou.

Se eu morrer,

A vida,

O mundo,

O dia,

O sol, a poesia

Nada sucumbirá.

Se eu morrer, morrerá comigo

Minha felicidade e meu desejo

De algum dia de ser compreendido.

DOBRADA

DOBRADA

Em um momento de paz e solidão

Em um instante incerto e de prazer

Você me ofereceu sua paixão

Você gostou de me querer

Agora eu conheço teu amor

Agora que eu te vi nos braços meus,

Senti de perto teu calor

Senti em mim os sonhos teus

Viver contigo bem feliz

Viver presente e futuro

Estar te amando se me diz

Estar te amando bem seguro

Amor gigante infinito

Amor real e purificado

Lembrar-te-ei daquele meu grito

Lembrar-te-ei de nosso passado

Na vida eterna, o que se ouve?

Na vida a dois, o nosso prazer

Se um dia feliz já nos houve,

Se um dia feliz vai nascer.

DE QUE VALE A MINHA VERDADE

De que adianta eu gritar

Se meu grito é sufocado pela vida,

De que adianta eu lutar

Se estou numa guerra perdida

De que vale a minha verdade

Diante deste mundo mentiroso,

De que vale a minha saudade

Diante deste mundo que é saudoso.

Vou te dar, ó mundo, sem perdão

Por tudo que me fizeste até agora

Vou pedir-te ó mundo, comunhão.

Antes de ir-me embora

Vou legar-te ó mundo, um coração

Que canta que ri e que chora.

O FUGITIVO

O FUGITIVO

Andei, fugi pelos campos

Levando comigo a saudade,

O frio, matei com os mantos

Os mantos da felicidade.

Não vou voltar, Eu não existo

Ao frio e a tristeza, meu adeus

Mas por eles eu fui visto,

Vivendo os sonhos meus.

Nos verdes campos encontrei

A vida e a harmonia,

Entre as flores que um dia plantei

Em terras de nostalgia

Fazendo assim eu comecei

A minha vida que fugia.

NÃO PODES CHORAR

NÃO PODES CHORAR

Não podes chorar, não podes sorrir

Eu não te entendo meu coração

De que tanto procuras fugir

E porque tanta solidão

Em um dia teus lábios murcharam

Em outro havia um grande amor

E de teus lábios vozes clamaram

E me encheram de tanto ardor

Sinto um calor em meu ser

Uma vontade de gritar

Gosto tanto de te querer

Uma vontade louca de sonhar

E deste sonho posso até padecer

Mas não deixarei de te amar.